sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Diário do Baú "João, Pobre João" parte 2
A saga da aventura de João em busca do seu sonho continuou, mas antes, as crianças brincaram de arranca-rabo em equipe, muita correria e muita atenção como preparação pros desafios que estavam por vir, pois nosso querido João, decidiu que aprenderia a lutar para conquistar castelos e poder. Enfrentou grandes dificuldades, mas nunca desistiu.
Como soldado treinou bastante todos os tipos de técnicas e apanhou muito. Como sargento aprendeu a comandar. Como coronel venceu batalhas, e como general, capturou um terrível dragão, salvando a filha de um rei. Sua fama voou longe, mas sua ambição também. De respeitado, passou a ser odiado pelo mundo todo. Virou Conde João, conquistou todos os castelos que haviam por perto e levou medo e pavor a muitas pessoas inocentes. Às vésperas de invadir e conquistar o último castelo, aquele que ficava na montanha próxima a sua casa, ele pensou nas coisas que havia feito e da maneira como tudo se transformara.
No dia seguinte ele comandou seu exército e subiu a montanha em direção ao cume.
O rei quando viu aquele batalhão se aproximando, mandou os guardas anunciaram que todos se renderiam em troca de não machucarem ninguém.
- Pedimos paz! Disse o monarca.
A princesa mesma se ajoelhou implorando a piedade ao bravo guerreiro. Foi a primeira vez que João a viu de tão perto. Lá mesmo ele disse que eles se casariam.
Durante os preparativos pro casamento ele notou que a jovem andava sempre muito triste, mesmo ele voltando a ser doce e gentil, como no trato com as ovelhas no tempo que era moço. Mostrando certa preocupação, ele se aproximou e perguntou à princesa o porque de tanta tristeza.
- por um acaso o seu coração está comprometido com outra pessoa?
A princesa ficou meio sem jeito, mas não titubeou. Levou o Conde João até a janela da torre e confessou-lhe:
Ela disse que se vocês querem realmente saber o final desta emocionante aventura, perguntem aos nobres aventureiros de seus palácios, eles aprenderam bastante que a ganância traz muitos problemas pro futuro.
abaixo mais imagens da aventura
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Diário do Baú "João, Pobre João" parte 1
O baú disse que era uma vez um lugar muito bonito, onde o sol brilhava o ano todo. Nesse lugar havia uma montanha, um campo muito verde e uma casinha no meio de tudo isso. Nessa casinha morava João e sua família. Lá eles criavam ovelhas e cabras que lhes davam lã e leite e também cultivavam uma horta e um jardim bem florido. Tudo parecia muito feliz, mas João se sentia triste.
Seus olhos estavam sempre voltados para o alto. Se ele estivesse pastoreando ou colhendo verduras, olhava sempre para o alto, exatamente na mesma direção. O sonho de João estava no alto da montanha, onde havia um maravilhoso castelo.
Ele dizia: - Um dia esse castelo vai ser meu!
No castelo, morava o rei, a rainha e toda sua corte. O lugar era divino, cheio de riquezas e belezas, onde se dizia, a mais maravilhosa ser a princesa. Uma moça linda que tocava cítara e cantava na sua janela da torre rosada, todas as tardes. João não sabia se queria se casar com a princesa, se queria dominar o rei ou se somente desejava morar no castelo.
Um dia comunicou aos pais a vontade de ir embora, de buscar sua fortuna. O pai ficou zangado, a mãe chorou e seus irmãos perguntaram, porque partir? Não seria feliz?
- Não sei, disse João, só sei que devo partir.
E foi. Tomou o rumo da estrada e seguiu caminhando durante dias até encontrar uma aldeia. Procurou uma hospedaria e disse que não possuía dinheiro. Conseguiu um lugar para dormir e um prato de comida em troca de trabalho. Trabalhou de manhã junto a um ferreiro fazendo espadas e facões, de tarde limpava estátuas num museu, e de noite, ajudava o alfaiate a dobrar e cortar tecidos. Durante três anos juntou bastante dinheiro e decidiu partir.
- como partir? Não és feliz aqui? Ficastes até rico. Procure uma mulher, se case e fique por aqui.
João agradeceu e partiu. Antes disso, comprou roupas novas e bonitas e um cavalo branco todo bem enfeitado. Viajou meio mundo e foi parar na frente do velho castelo do alto da montanha.
Bateu à porta e pediu para falar com o rei. Quando o guarda veio atender ouviu de João a proposta de que queria comprar o castelo.
- diga ao rei fazer seu preço, eu trouxe bastante dinheiro – mostrando o saco de moedas pendurado ao cavalo.
O guarda, irritado e achando que se tratava de um louco varrido, deu um empurrão no João, que caiu longe e ficou no chão.
Apareceu um nobre que ajudou João a levantar e perguntou o ocorrido. O rapaz contou e o nobre deu risadas.
- ora meu jovem, então você acha que é assim que se conquista um castelo? Comprando com um saco de moedas? Um castelo tem que ser conquistado em guerra, em batalhas... os vitoriosos se apoderam das propriedades dos derrotados...
João ouvia tudo atentamente.
- você por um acaso, já salvou uma princesa em apuros? Já enfrentou um dragão? Meu rapaz, você precisa aprender muitas coisas nessa vida. Falou e partiu.
Se vocês quiserem saber qual a decisão de João, perguntem ao nobre filho que existe no seu palácio, ele andou passeando por esses lados da montanha.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Diário do Baú - 5 à 14 de agosto
Nessas duas primeiras semanas de reencontro com nossos queridos aventureiros, a história que o velho baú nos contou veio de um lugar bem frio e nublado, no norte da Europa, onde uma certa vez, numa estrada sinuosa e gelada, caminhava um mendigo. Ele estava bastante cansado, com fome e necessitava urgentemente de ajuda. Ao chegar próximo de um vilarejo encontrou casas com luzes acesas. Resolveu pedir comida. Ele pensou:
- Os mendigos existem para que as pessoas mostrem seu lado bom...
Chegou na porta de uma casa e bateu. Um rosto apareceu na janela embaçada e logo sumiu. Depois, o silêncio. O mendigo bateu em outra porta e nada.
O mendigo foi de porta em porta, mas ninguém o atendeu. Encontrou uma Casa de Oração com a porta aberta e entrou. Lá ele encontrou o zelador, sentado perto de uma lareira e o cumprimentou:
- Que a paz esteja com você, meu amigo!
O zelador nem sequer notou a presença do mendigo, que tentou outras vezes, mas não teve sucesso. Ele teve uma idéia. Agarrou um de seus botões do casaco e puxou com força. Arrancou um, arrancou outro, mais outro. O zelador não disse uma palavra, mas já olhava curioso para o mendigo. O mendigo contou os botões, havia cinco.
- Ah se eu tivesse mais um botão! Ele falou. O zelador continuou calado.
- Ah! Se eu tivesse mais um botão....
Finalmente o zelador, dizendo que ninguém daquele lugar estava acostumado a dar nada pra ninguém, por isso, ele nunca teria mais um botão. Porém, curioso, quis saber o que ele faria com mais um botão.
- Eu faria uma deliciosa sopa de botões para todos desta cidade. .
O zelador riu, zombando do mendigo, mas este lhe garantiu que faria realmente uma sopa, caso ele lhe trouxesse outro botão. O zelador, convencido, saiu correndo até a casa do alfaiate e lhe pediu o botão. O alfaiate perguntou pra que seria e o zelador explicou. Ele duvidou que alguém faria uma sopa com aquele botão e resolveu ver com seus próprios olhos. De lá foram para a casa de Dona Lea, conseguir uma panela grande e colher de pau. Ao saber de tudo, ela também se ofereceu pra ir junto. Dona Sara, que cedeu os pratos e Senhor Mendell, que emprestou as colheres, fizeram a mesma coisa. Quando o zelador viu, quase todos da cidade estavam indo em direção à Casa de Oração.
Ao chegarem lá, se reuniram em torno do mendigo o viram preparar a fogo, aquecer a água e despejar os botões. Ficou lá, mexendo e remexendo pra lá e pra cá, aos olhos de todos. Depois de um tempo, provou um pouco do caldo e disse:
- está ficando muito bom, mas se tivesse um pouco de sal....
Rapidamente Dona Vera foi buscar e ainda trouxe um maço de salsinha que tinha de sobra na dispensa. Seguindo esse exemplo, cada um foi até sua casa buscar o que tinha de legumes e verduras. Trouxeram e despejaram na panela fervente.
O mendigo continuou fazendo a sopa enquanto todos observavam atentamente. Agora, se você deseja se deliciar com o final desta história, pergunte ao seu aventureiro preferido. Ele sabe que brincar na cama elástica, balançar no trapézio e dar cambalhotas não foi sopa.
abaixo: outras imagens da aventura.