terça-feira, 12 de abril de 2011

"O surgimento da noite"

Era uma vez, uma tribo de índios que moravam no meio da floresta brasileira.
Eles gostavam de se pendurar nos cipós...











Tomar banho de cachoeira...


















e subir nas árvores mais altas que encontravam no caminho.


















Tudo era normal e tranquilo a não ser pelo fato de que, naquele tempo a noite ainda não existia, e os índios tinham que se esconder como podiam, pois lá fora o sol era sempre muito forte.














Os guerreiros mais fortes foram atrás da noite e nunca mais voltaram.
Sem a noite eles não poderiam descansar direito, não poderiam dormir e muito menos, sonhar.











Até que um dia, um curumim muito corajoso procurou o pajé para saber onde poderia encontrar a noite.
O indiozinho estava acompanhado de outros curumins e o pajé percebeu que nada poderia impedí-lo.
O velho feiticeiro então, ensinou ao menino guerreiro, que a noite estava em poder das cobras
que moravam no oco da grande árvore.







Na mesma hora, os curumins se embrenharam na floresta e andaram durante horas até chegarem ao tenebroso esconderijo das serpentes.












Ao chegarem dentro do imenso oco de árvore, eles chamaram as cobras.
Em pouco tempo, a chefe das cobras apareceu e o guerreiro curumim fez seu pedido da noite.
- Eu quero levar a noite pra minha aldeia.
A cobra então, pediu algo muito bom em troca.
O Curumim ofereceu várias coisas e a todas a cobra chefe recusava.







Quando o pequeno índio ofereceu veneno, as cobras todas se interessaram, é que naquele tempo, elas não possuem nenhum tipo de veneno sequer.
- Isso sim nós queremos! se você trouxer veneno, nós daremos a noite.
Os curumins fizeram bastante veneno e entregaram a chefe das cobras.
A cobra entregou a noite dentro de um coco e disse que ele só poderia ser aberto na aldeia, cercado por todos os índios.





O indiozinho levou o coco embora, mas no meio do caminho encontrou uma índia, que quis saber o que ele carregava denntro do coco.
Ao saber que era a noite, a índia, que na verdade era a cobra sucuri disfarçada, caçoou do curumim, o chamando de mentiroso.
O menino guerreiro ficou muito irritado e abriu o coco para mostrar a Índia.











Foi só abrir e uma noite horrorosa pairou no céu, cheia de gritos, mosquitos, aranhas e um cheiro fedido de coisa ruim.
Os curumins fizeram de tudo pra se abrigar em algum lugar, mas não enxergavam nada.










O curumim voltou à toca das cobras e elas deram outro coco ao menino, mas este, não era tão bom quanto o outro e poderia ser que viesse noite misturada.














Desta vez, os curumins voltaram tranquilamente à aldeia e todos se reuniram para abrir o coco.













Se você deseja saber se a noite que eles tiveram foi cheia de estrelas coloridas e brilhantes, pergunte ao seu aventureiro preferido, ele foi o astro desta linda aventura.

quinta-feira, 31 de março de 2011

"Porque o mar tanto chora"

Era uma vez uma Rainha que morava em frente ao mar.
Ela era uma pouco triste porque não conseguia dar um filho ao Rei.
- eu queria tanto uma filha, nem que fosse na forma de uma cobra.
Um ano se passou, a Rainha engravidou e teve uma linda princesa chamada Maria, que nascera com uma cobra enrolada no pescoço.




Maria e a cobra cresceram juntas e gostavam muito de brincar na praia quando o sol se punha.
A princesa deu à serpente o nome de Labismina.
Um dia a cobra foi morar no mar.
- Não fique triste. Quando sentir saudades é só vir até a praia e chamar meu nome.












Perto dalí, o Rei Astolfo, muito rico e mal educado, perdia a mulher, que morrera de uma grave doença.
Antes de partir, ela disse que ele deveria se casar uma princesa cujo o dedo coubesse em seu anel.














O Rei Astolfo viajou o mundo e um dia chegou ao castelo de Maria.
Para surpresa de todos da corte, o anel coube no dedo da princesa.











Maria correu até a praia e chamou Labismina.
A cobra disse que Maria deveria voltar e dizer que só se casará, se ele trouxer um vestido verde, da cor das matas, bordado com folhas e flores.















Demorou um pouco, mas o Rei voltou ao castelo de Maria, trazendo uma caixa com um lindo vestido verde.
Maria, correu novamente à praia e pediu ajuda à cobra.
Desta vez, ela disse que Maria deveria pedir um vestido azul da cor do mar, bordado com conchas e estrelas marinhas.
O Rei ficou bravo, mas aceitou mais uma vez.













Quando menos se esperava, o Rei Astolfo trouxe o vestido que Maria queria.
Maria, pediu licença pra guardar o vestido e voltou à praia.
Labismina desta vez, pediu um vestido cor do céu, bordado com estrelas e cometas.
O Rei Astolfo, já impaciente, ameaçou, dizendo que seria o último vestido que ele iria mandar fazer.










Após duas semanas, o Rei Astolfo retornou com o último vestido.
Maria pegou os vestidos e correu pra praia.
Labismina pediu que Maria subisse num barco que estava ancorado perto, e remasse até a ilha mais próxima. Lá, ela se apaixonaria e se casaria com príncipe.
- Só peço a você, que antes de casar, venha até a praia e me chame três vezes, assim o meu feitiço se acabará e voltarei a ser princesa que nem você.











Maria se despediu da cobra Labismina e partiu.
Quando chegou na Ilha, ela conseguiu emprego de ajudante de cozinha.
















Depois de uns dias morando no novo castelo, Maria descobriu que haveria uma festa maravilhosa que duraria de três dias, era o carnaval.
Sem ninguém ver, Maria vestiu seu vestido verde e foi ao baile.













Maria se divertiu na festa e causou muita curiosidade nas pessoas, todos queriam saber quem era aquela moça encantadora.












Até o Príncipe não tirou os olhos dela. Ele estava completamente apaixonado.
No dia seguinte Maria usou o vestido cor de mar e novamente encantou a todos.















Desconfiado, o Príncipe foi ao quarto de Maria e perguntou se era ela que estava na festa vestida com lindos vestidos.
Maria negou tudo
- Claro que não Majestade!
Na última noite, Maria usou seu vestido cor de céu com estrelas e o Príncipe se aproximou, dançou e entregou a ela um anel cheio de pedras.
Maria agradeceu e sumiu antes do fim do baile.










No dia seguinte, correu a notícia de que o príncipe estava doente e que seu estado era cada vez pior.
A Rainha então, pediu à Maria, que fizesse uma canha e levasse pro filho.
Maria fez a canja com muito carinho e colocou dentro do prato o anel que o príncipe lhe dera na festa.








Bem, se você quiser saber o final desta incrível aventura, não deixe de perguntar ao seu aventureiro predileto.
Foi uma história e tanto.















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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"O Príncipe Serpente"

Era uma vez, no Sertão da Bahia, uma familia muito pobre, que vivia de catar coco pra fazer doce e vender.


















Elas passavam o dia no coqueiral, subindo nas palmeiras pra derrubar o coco.













A filha mais nova, chamada Maria, era quem ajudava a mãe todos os dias, enquanto sua irmã, Maricreuza, vivia inventando desculpas.
















Um dia, Maria estava sozinha no coqueiral, quando começou a ouvir uma voz chamando seu nome.
Foi ver e era uma cobra.
A cobra pediu um beijo à moça, caso Maria desse, terminaria seu encantamento.











Assim que Maria beijou, a serpente se transformou num belo príncipe, que prometeu casar com ela e morarem juntos num belíssimo castelo.








Pra espanto de todos, Maria aceitou o pedido de casamento e os dois foram morar num castelo bem distante dalí.

















Maricreuza, a irmã mais velha, ficou morrendo de inveja e decidiu ir pro coqueiral.
Ela acreditava que pudesse encontrar outra cobra príncipe, assim como sua irmã.













De tanto procurar, Maricreuza achou uma cobra perambulando pelo chão e pegou. Depois, procurou o Padre pra ele celebrar o casamento.
O Padre tomou o maior susto, mas casou os dois.















Será que a cobra que Maricreuza pegou também é encantada?
o que será que vai acontecer depois do beijo?


















Se você quiser saber o desfecho desta incrível aventura, cobre seu aventureiro predileto.














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